sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Quimera



É estranho, mas ainda sinto falta do que nunca conheci. 
Passei um tempo, que eu não saberia dizer quanto, procurando e me perdendo em ilusões. 
Talvez eu sempre tenha feito isso... 
Elaborado um motivo qualquer pra ocupar minha cabeça. 
Para fingir que as coisas tinham algum sentido que fosse até mais feliz. 
Ver o mundo da forma que eu queria, sempre foi muito mais interessante...
ainda mais quando eu achei que pudesse ser real. 
Confusa essa coisa de realidade! 
São tantos invólucros, que discernir o real do ilusório se torna quase impossível, 
quando as coisas que se pensa, que se fala e que se faz, se contradizem tanto a ponto de suspender no ar uma neblina densa de verdadeiras intenções e quereres que deturpam nossa visão.
Não sei mais o que é real
E tenho achado que o melhor é não procurar uma resposta. 
Vou experimentar fechar meus olhos e dar um passo de cada vez: Tatear o destino, saborear meus erros, escutar a intuição. 
Deixar que isto me guie por entre essa tempestade que se forma.

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