domingo, 28 de abril de 2013

Lembranças


Fecho os olhos
E cada momento contigo aparece-me em algum tipo de ciclo eterno que se repete lentamente. 
Lembranças tuas me invadem a mente. 
Primeiro o sorriso:
Os lábios abrindo-se e curvando-se meio sem jeito... 
tímidos, abobalhados... 
revelam os dentes, brancos e um pouco separados. 
Então dão lugar ao olhar: 
Olhos brilhantes e misteriosos, 
não contam o que os pensamentos tem a dizer. 
Prendem-me com uma facilidade imensa! 
Tudo em ti é tão atraente e pareces não saber. 
Poderia olhar-te por horas...
Então tem tua voz... 
teu abraço... 
teu cheiro... 
Ah! Isso eu não sei nem dizer.

domingo, 10 de março de 2013

Amor, apenas uma reação química



Aquela música tocou e eu voltei no tempo.
Fui para aquela época em que ainda nos falávamos.
A época em que ainda brincávamos e ríamos de nós mesmos.
Tudo isso me levou ao teu sorriso,
aos teus olhos castanhos sorridentes
e àquele teu jeitinho espontâneo me veio à mente.
Isso doeu aqui dentro.
Achei que era algo que já tinha passado,
afinal faz tanto tempo.
Eu achava que tinha esquecido você.
Mas algo em mim, de repente, despertou
quando aquela música tocou.
E cara, como dói!
Eu acho que nos perdemos e não somos mais os mesmos.
Definitivamente, não somos.
Mas sinto saudades.
Dilacerantes, pra ser sincera.
Eu te amo tanto!


Me escreva uma carta sem remetente
Só o necessário e se está contente
Tente lembrar quais eram os planos
Se nada mudou com o passar dos anos
E me pergunte o que será do nosso amor?


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Quimera



É estranho, mas ainda sinto falta do que nunca conheci. 
Passei um tempo, que eu não saberia dizer quanto, procurando e me perdendo em ilusões. 
Talvez eu sempre tenha feito isso... 
Elaborado um motivo qualquer pra ocupar minha cabeça. 
Para fingir que as coisas tinham algum sentido que fosse até mais feliz. 
Ver o mundo da forma que eu queria, sempre foi muito mais interessante...
ainda mais quando eu achei que pudesse ser real. 
Confusa essa coisa de realidade! 
São tantos invólucros, que discernir o real do ilusório se torna quase impossível, 
quando as coisas que se pensa, que se fala e que se faz, se contradizem tanto a ponto de suspender no ar uma neblina densa de verdadeiras intenções e quereres que deturpam nossa visão.
Não sei mais o que é real
E tenho achado que o melhor é não procurar uma resposta. 
Vou experimentar fechar meus olhos e dar um passo de cada vez: Tatear o destino, saborear meus erros, escutar a intuição. 
Deixar que isto me guie por entre essa tempestade que se forma.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Nossas Estrelas.




Abri a janela do meu quarto agora pouco, eu queria dar mais uma olhada no céu antes de dormir, nossas estrelas estavam lá, juntinhas e brilhando mesmo com o céu nublado... Eu ainda lembro o dia em que as intitulamos “nossa”. Estávamos olhando o céu num desses dias da semana, era quase hora de você ir embora e, como sempre, a gente enrolava pra ninguém ir a lugar nenhum, até que eu, com a minha babaquice, disse que você olhasse pra aquela “minha estrela brilhante” e seria como me ver.  Você riu, disse que já olhava pra ela todos os dias, que sempre tinha olhado... Mas, que se eu quisesse ver você eu escolhesse uma estrela pra ser sua também. O céu tava lindo nessa noite, você lembra? Eu olhei todas as estrelas que eu podia ver, escolhi uma que brilhava tanto quanto a minha, e apontei para o outro lado “aquela lá, elas tem quase o mesmo brilho” você riu de novo, e disse que não, a sua estrela não era aquela. Pegou minha mão, minúscula perto da sua, e a apontou pra uma estrela apagadinha que tinha do lado da minha e enquanto eu começava um discurso de como sua estrela não podia ser aquela, que era vermelhinha até e podia morrer a qualquer momento, você disse que não importava, a sua estrela era aquela porque estava ao lado da minha e era lá que você queria ficar. E é ao seu lado que eu quero ficar até o fim.